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Transporte: reclamações

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Apesar de todos os esforços da prefeitura, da Associação dos Transportadores Urbanos de Passageiros (ATU) e do Sistema Integrado Municipal (SIM), o transporte coletivo de Santa Maria já teve dias melhores. Lamentavelmente, o usuário é quem paga pela falta ou ineficiência de controle e fiscalização no cumprimento das linhas e dos horários. E falo, com todo respeito, como usuário e atento observador da cena e das reclamações dos passageiros. Creio que seria válido que todos os integrantes do Conselho Municipal de Transportes encarassem, por um único dia, a senda enfrentada pelos passageiros santa-marienses. Conheceriam uma realidade bem diferente daquela apresentada e discutida, principalmente em reuniões, para tratar sobre o reajuste da tarifa.

Não sou o dono da verdade nem torço para o "quanto pior, melhor". Pelo contrário, valorizo o trabalho feito por todos os setores envolvidos na área do transporte coletivo da cidade. Mas o serviço está ruim, muito aquém daquele que os usuários merecem e pagam pela tarifa. Tenho enorme admiração pelos motoristas e cobradores, que lutam contra o trânsito caótico, os buracos das ruas e os passageiros nervosos.

As reclamações ouvidas dos passageiros vão além do descumprimento de horários. Mesmo no começo da manhã, já é possível encontrar veículos sujos na parte interna. Uma limpeza básica nos assentos e nos corredores seria bem-vinda. Por que um veículo que deveria passar no local previsto às 6h44min só chega às 7h20min? Ouso responder: o carro de determinada empresa não cumpriu o horário estabelecido e deixou os usuários na mão. Vale para os ônibus e para o transporte seletivo, o popular "azulzinho". Isso ocorre seguidamente, só variando os horários.

Nos ditos meses de férias, e vou citar o caso da UFSM, os horários de ônibus sofrem redução. Mas alguém precisa avisar aos responsáveis pela elaboração das planilhas que a UFSM funciona, sim, em dezembro, janeiro e fevereiro. Os servidores batem o ponto nos vários locais onde atuam, professores e alunos têm projetos em execução, e o Hospital Universitário presta atendimento de saúde à população santa-mariense e gaúcha. Não custa nada avaliar com atenção a demanda, ouvir as partes envolvidas e fazer os devidos ajustes nos horários. Ao que tudo indica, usuários de outras linhas enfrentam problemas semelhantes. É preciso destacar que a tarifa do coletivo custa R$ 4,20 e a do seletivo, R$ 5,05.

A elaboração do Plano Diretor de Transporte Coletivo Urbano de Santa Maria teve uma ação efetiva iniciada na primeira quinzena de novembro. Funcionários da empresa vencedora da licitação já analisam o fluxo de passageiros na cidade, por meio de pesquisa de campo, com enquete digital, presencial (com passageiros), avaliações e levantamentos numéricos de embarque e desembarque. A origem e o destino dos usuários do transporte também são avaliados.

Pressionada por uma ação do Ministério Público, a prefeitura de Santa Maria tem até o dia 1º de julho de 2020 para concluir o processo licitatório de transporte público na cidade. O desafio do Executivo é cumprir todas as fases exigidas em praticamente seis meses. É uma verdadeira corrida contra o tempo.

Com a ampla maioria dos passageiros que converso, a resposta é uma só: sim, o transporte urbano de Santa Maria precisa melhorar urgentemente, sobretudo com mais conforto e eficiência para aqueles (as) que o utilizam.

Enquanto isso, desejo a todos (as) um Feliz Natal, com muita saúde e paz, bem como um 2020 repleto de oportunidades e de muita luta contra o obscurantismo, a ignorância e a desigualdade social.

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